terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

IGREJA SEM CLERO - É possível??


O clero é uma instituição por demais supervalorizadaRelatórios sobre o valor e a necessi­dade do clero têm sido grandemente exagerados. Um grande número de cristãos acha que o fator mais importante na hora de se escolher uma igreja é o seu ministro; acham que uma igreja não pode funcionar eficazmente sem um pastor ou sacerdote; que a primeira coisa que se deve fazer, ao se iniciar uma igreja, é contratar um pastor para dirigi-la; que o culto de domingo à noite deve ser ava­liado pelo sermão, e que o modo mais elevado de se servir a Deus é ir para o seminário para ser trei­nado para o serviço cristão.
Mas não seria o contrário, que o clero não é necessário nem benéfico para a igreja? Não é possível que uma das melhores coisas que poderiam acontecer à igreja seria que todo o clero renun­ciasse seus cargos e seguisse carreiras seculares? Não será possível que o melhor tipo de igreja é a igreja sem clero?
Com certeza, para muitos tal idéia seria uma loucura. Mas se analisarmos a questão mais deti­da­mente veremos que esta idéia tem fundamento. A verdade é que, a despeito do prestígio que goza o sistema clerical na igreja contemporânea, ele tem pouco a ver com o Novo Testamento, é basicamente contraproducente, e é em si mesmo um empecilho à vida saudável da igreja bíblica.
PRIMEIRO, entendam, por favor, que nossa crítica é ao clero enquanto instituição, e não às pessoas que ocupam o cargo. As pessoas que têm cargos de ministros e pastores são, em sua maio­ria, pessoas admi­ráveis. Amam a Deus e se comprazem em servir ao Senhor e Seu povo. Geralmente são sinceros, amorosos, inte­ligentes, altruístas, e longânimes. Que fique claro que o problema com o clero não está nos clérigos mas na profissão de que estão investidos. Que fique claro também que, não obstante os sérios proble­mas de sua profissão, os clérigos conseguem realizar um bom trabalho na igreja. Não é o caso que os clérigos não sejam úteis aos membros; tanto são úteis que se tornaram demasiadamente importantes na vida da igreja. Mas eles conseguem prestar um bom trabalho, a despeito de sua profissão, e não por causa dela.
Não há dúvida de que o clero é uma profissão, e que os clérigos são profissionais. Do mesmo modo que os advogados protegem e interpretam a lei, e os médicos protegem e administram remé­dio, o clérigo protege, interpreta e administra a palavra de Deus. Como outra profissão qualquer, o clero esta­be­lece padrões de conduta acerca de como seus membros devem se vestir, falar e agir, no serviço ou fora do serviço. E, como outras profissões, estabelece padrões de escolaridade, de prepa­ro, de admissão à profissão, procedimentos para candidatar-se a um emprego, e aposentadoria. Tanto padres católicos como ministros protestantes têm que preencher determinadas expectativas de seus párocos, amigos, hierarquias, autoridades denominacionais e de suas próprias expectativas, com respeito a seu grau de preparo, tipo de pessoa que devem ser, e o desempenho de determinados tipos de obrigações.
Tradici­onalmente, a profissão requer que os clérigos sejam do sexo masculino e, em algumas denominações, casados, e bem casados. Requer também que sejam formados por seminários e ordenados oficialmente. De um modo não realista, a profissão requer que os clérigos sejam pessoas extraordinariamente dotadas: devem ser líderes natos, oradores qualifi­cados, administradores capazes, conselheiros empáticos, sábios em tomar decisões, hábeis em resolver conflitos, e teólogos astutos. Os padrões da profissão requerem que sejam moralmente retos e exempla­res em todos os sentidos. Seu trajar deve ser impe­cá­vel, e devem falar com autoridade e convicção.
Os clérigos funcionam essencialmente como administradores eclesiásticos profissionais. São suas responsabilidades: o preparo de aulas, homilias, e sermões; visitar os doentes, ministrar fune­rais, casa­mentos e sacramentos; supervisionar eventos sociais, escola dominical, e aulas de catecismo; pre­­pa­rar casais para o casamento, aconselhar os que têm problemas, preparar relatórios da denomi­na­ção, ser assíduos nos encontros denominacionais, dirigir programas missionários e evangelísticos, reunir e super­visionar o quadro de funcionários, ministros auxiliares, líderes da mocidade, pessoal administrativo e equipes de evangelização; organizar carreatas para levantamento de fundos, cuidar das relações comunitárias, supervisionar a utilização e manutenção da planta física, incentivar, disciplinar e edificar os párocos, e estabelecer a visão e metas da igreja.
Há, assim, um conjunto bem definido de obrigações que todos, até mesmo os não evangélicos, reconhecem como sendo os de­ve­­res de um clérigo. Isto é do conhecimento geral justamente por se tratar de uma profissão institucional, criada e mantida por denomi­nações, hierarquias, seminários teológicos, leigos e pelos próprios clérigos.
O PRIMEIRO PROBLEMA inerente ao clero é que não é uma profissão instituída por Deus. Simplesmente não há autoridade ou justificação bíblica para a profissão clerical que conhecemos. Na verdade, o Novo Testamento sugere uma forma bem diferente de igreja e ministério pastoral.
A his­tória nos mostra que as sociedades humanas têm criado castas espirituais de curandeiros, sacerdotes, magos, profetas, gurus, e a igreja cristã não é exceção. Não demorou muito para que a igreja engen­drasse, com base em passagens bíblicas ambíguas (“sobre esta rocha edificarei a minha igreja”, “não amordaces o boi, quando pisa o tri­go”) uma enorme superestrutura hierárquica institucional. Isso deu origem a um sistema de duas classes no seio da igreja, o clero e o laicato, dos quais o clero é considerado o mais espiritual.
Não obstante seu rompimento com a igreja católica, os protestantes são iguais a ela no que diz respeito ao clero. Mesmo tendo resgatado da Bíblia a ceia do Senhor e o batismo como centro da revelação de Deus, a profissão criada pelos protestantes para proteger e anunciar esta revelação funciona de modo idêntico ao sacerdócio católico. Enquanto o padre ministra corretamente a hóstia, o pastor interpreta correta­men­te a palavra de Deus.
Mas, quando voltamos à Palavra de Deus e a reconsideramos, vemos que a profissão clerical é produto da cultura e história humanas, e não reflete a vontade de Deus para a igreja. Simplesmente não há como construir uma justificativa bíblica em defesa da instituição do clero.
O SEGUNDO PROBLEMA com a profissão clerical é que ela esmaga a ‘vida do corpo’. O Novo Testa­mento nos mostra que não é a vontade de Deus que a igreja seja uma associação formal a que uma membresia subalterna pertença através do pagamento de taxas e freqüência a reuniões; uma associação organizada, orientada e governada por um líder profissional (e por uma burocracia adminis­trativa no caso das grandes organizações). No entanto, é precisamente assim que são a maioria das igrejas.
Ao contrário, a intenção de Deus é que a igreja seja uma comunidade de crentes na qual os membros contribuem com seus dons, talentos e habilidades de modo que - através da participação e cooperação ativa de todos - as necessidades da congregação sejam atendidas. Em outras palavras, em lugar de um ‘ministério de profissionais’, o que deve haver em nossas igrejas é o ‘ministério do povo’. Deste modo, a igreja poderá funcionar como um corpo, onde cada membro, com suas características pessoais, contribuirá para o bem de todo o corpo. Paulo deixa bem claro que os dons de cada mem­bro são indispensáveis, e que o corpo precisa de que cada membro dê sua contribuição, caso con­trá­rio o corpo estará aleijado. (I Co. 12:20-25).
O problema é que, independentemente dos ditames de nossas teologias acerca do propósito do clero, o efeito real da profissão clerical é aleijar o corpo de Cristo. Não que seja esta a intenção do clérigo, (via de regra, suas intenções são boas) mas porque as características intrín­secas à profissão inevitavelmente fazem dos ‘leigos’ receptores passivos.
O papel do clero é em sua essência, a profissionalização e centralização dos dons de todo o corpo em uma única pessoa - o clérigo. Assim, o clero representa a capitulação do cristianismo à tendência da soci­edade moderna à especialização. Os clérigos são especialistas espirituais, especialistas eclesiásticos. As demais pessoas na igreja são meros crentes ‘comuns,’ que têm empregos seculares e atividades não espirituais nas quais eles podem se especializar, tais como conserto de canos, ensino, marketing.
Assim, o que deveria ser feito por todos os membros da igreja, de modo informal, descentra­lizado, não profissional, é feito por uma única pessoa: O Pastor, um profissional em regime de tempo integral.
Como o pastor é pago para ser o especialista em operações e gerenciamento eclesiásticos, é lógico e natural que os leigos assumam uma atitude passiva na igreja. Ao invés de contribuir com sua parte para edificá-la, eles ‘vão à igreja’ na condição de receptores passivos para serem edifica­dos. Em vez de usar seu tempo e energia para exercitar seus dons para o bem do corpo, eles se deixam ficar sentados, assistindo ao pastor apresentar seu show.
Imaginemos o culto de domingo à noite. Os membros chegam na hora certa, silenciosamente se assentam nos bancos, olham e ouvem o ministro, o qual ocupa uma posição de destaque na frente e no centro, domi­nando todo o culto. Os membros levantam-se, sentam-se, e só falam e cantam quando autoriza­dos pelo ministro ou por um programa impresso. Na realidade, o que acontece nas duas horas do culto de domin­go à noite é um retrato microcósmico da realidade da vida da igreja.
Se os membros da igreja pudessem visualizar
·  que a igreja não é uma associação formal, mas uma comunidade,
·  que os dons são dados a cada um, sem necessidade de ordenação,
·  que todos devem participar ativamente do trabalho da igreja,
·  que o dom de ninguém é mais importante que o dom dos demais,
·  que a participação de todos é a garantia de uma igreja viva, plena e saudável,
·  e que esta é a visão da vida de uma igreja bíblica,
creio que eles começariam a se perguntar “Afinal de contas, para que estamos pagando ao pastor?” - uma pergunta que só faz sentido.
O clero profissional só é necessário quando os membros da igreja não estão desempenhan­do sua parte. Em contrapartida, quando cada membro participa ativamente e dá sua contribuição para o bem do corpo, o ministro profissional torna-se desnecessário. Este fato está sendo compro­vado diariamente nas dezenas de milhares de igrejas nas casas em todo o mundo.
O TERCEIRO PROBLEMA com a profissão clerical é que ela frustra-se a si mesma. Embora seu propósito declarado seja nutrir a maturidade espiritual da igreja, em si um alvo valoroso, na prática ela consegue o oposto, isto é, alimenta uma dependência permanente dos leigos ao clero. O clero é para suas congre­ga­ções como pais cujos filhos nunca crescem, como terapeutas cujos pacientes nunca são curados, como professores cujos alunos nunca se formam. A presença de um ministro profissional em tempo integral impede que os membros da igreja assumam a responsabilidade pela vida dinâmica da igreja. E por que razão o fariam, pensam eles, se esta é a obrigação do pastor? Resultado: o ‘laicato’ permanece em um estado de dependência passiva.
Por outro lado, imaginemos uma igreja que não tenha conseguido um substituto para o pastor, que renun­ciou. Eventualmente, os membros teriam que sair de seus assentos; se reuniriam e decidiriam quais membros se encarrega­riam do ensino, quais seriam os conselheiros, quais se encarregariam das disputas, quais visitariam os doentes, quais dirigiriam o culto, etc. Com um pouco de discernimento, chegariam à conclusão de que a Bíblia convoca todo o corpo para, unidos, se encarregarem dessas tarefas. Assim, eles seriam levados a descobrir os seus respectivos dons e a função que têm a desempenhar na edificação do corpo. Com um pouco de ousadia, essa igreja chegaria gradativa­mente a uma mudança definitiva. Alguns, descontentes, sairiam à procura de uma igreja com pastores profissionais de tempo integral. Mas os que permanecessem para participar da edificação da igreja, atingiriam a maturidade espiritual muito mais rapidamente do que se tivessem um pastor para fazer todo o trabalho.
O QUARTO PROBLEMA inerente à profissão clerical é o mal que faz aos seus próprios mem­bros. Como todos sabemos, a tarefa do pastor é árdua, sendo muito difícil alcançar-se um ótimo desempenho. Crentes idealistas que são, convencidos de que estão de fato servindo a Deus nessa profissão, a ela se entregam de corpo e alma, só para enfrentarem frustrações, estresse, e verem sua saúde se arruinar. Não é de se admirar que seja assim, já que os clérigos têm que desempenhar as funções de toda uma congregação! Como é possível alguém ser ao mesmo tempo um líder nato, orador excelente, visionário, administrador competente, conselheiro abnegado, alguém sábio em tomar decisões, solucionador imparcial de confli­tos e astuto teólogo? Qual a lógica de os membros de uma igreja esperarem que uma só pessoa tenha que fazer todo o trabalho para eles?
A profissão de um pastor é bastante irrealista. Tão irrealista como uma empresa que espera que um só funcionário desempenhe todo o trabalho - seja officeboy, secretário, gerente e presi­dente - enquanto os demais funcionários só comparecem ao serviço uma vez por semana para assistir ao desem­penho sobre-humano desse super-funcionário, apenas dando uma pequena contribuição eventual quan­do solicitado. Assim, a profissão clerical requer um desempenho sobre-humano de um ‘super-cristão’. Os crentes cônscios das limitações e fraquezas do ser humano devem saber que não é assim que a coisa funciona. E Deus o sabe; por isso delegou a tarefa de edificar e manter a igreja à responsabili­dade com­par­tilhada de todos os membros, em vez de a uma só pessoa centralizadora, especializada e profissionalizada.
OS CLÉRIGOS são guardadores da igreja. Mas a igreja não precisa de guardadores do tipo clerical que acabamos de considerar. Deus é o guardador, e Ele conclama todos os crentes a parti­ciparem de Sua obra. O clero profissional tem a missão de preservar, proteger e ministrar a verdade cristã, os ensinos, a Bíblia, os sacramentos e a autoridade. Mas a verdade cristã não é algo tão frágil, e não precisa ser prote­gida por uma classe profissional. A verdade cristã também não é nenhum tipo de material classificado, perigoso, que só peritos autorizados, portadores de crachá, possam carregar. Nem é algum bem valioso que precise ser guardado em cofres de alta segurança, sob a proteção de guardas armados. É a função do Espírito Santo - não de uma hierarquia ou denominação - pre­ser­var a verdade cristã. Aprouve ao Espírito Santo atribuir essa função a todos os Seus filhos, para ser por eles compartilhada.
Como já vimos, o problema com o clero não está nas pessoas investidas da profissão - pessoas estas geralmente sinceras e responsáveis - mas no papel social da profissão em si. Eventualmente os pastores até que tentam adaptações de seu papel, para torná­­­­-lo mais realista e bíblico. Mas logo descobrem que não estão agradando, porque as denominações e as próprias congregações cobram dele o desempenho padrão tradicional.
Um problema ainda mais sério que a profissão clerical é que a maioria dos cristãos já redefiniu o que seja uma igreja sadia. Para a maioria dos freqüentadores de igreja, uma igreja robusta e saudável é aquela que cresce numericamente, que tem um pastor maravilhoso, e apresenta muitas atividades e programas. Acontece que, com base na Bíblia, esses fatores são irrelevantes.
De acordo com a Bíblia, o que é relevante é que cada membro coopere ativamente para o bem do corpo através de sua participação responsável e pela prática de seus dons. À luz da Bíblia, o que é importante é que os crentes se fortaleçam e adquiram maturidade espiritual através da edificação mútua. Uma igreja bíblica é uma igreja do povo, com ministério descentralizado. Por ‘igreja sem clero’ não queremos dizer que não haja necessidade de ministro em tempo integral. Na verdade, o que a igreja necessita é de que todos membros sejam ministros em tempo integral. A pergunta rele­vante aqui é: que tipo de ministérios devem esses ministros desempenhar. Segundo o Novo Testa­mento, esses ministros em tempo integral devem estar ministrando no mundo e para o mundo, ajudando o pobre, evangelizando, levando a paz onde há conflito e violência. De acordo com a Bíblia, é o mundo e não a igreja que precisa de ministros em tempo integral.
O QUE PRECISAMOS hoje é de uma igreja sem clero. Os próprios pastores precisam ser liberados da cobrança de que sejam ultraversáteis, multitalentosos e sobre-humanos. Os leigos, por sua vez, precisam ser despertados da cômoda ilusão de que basta freqüentar a igreja aos domingos e entregar os dez por cento de seus vencimentos.
Uma igreja sem clero não é algo fácil. Requer a participação ativa de todo o corpo. Mas as recompensas - a bênção da participação, da solidariedade, da comunhão - são muito compen­sadoras. E todos engajados nesse ideal estarão fazendo com que a igreja deixe de ser um lugar aonde se vai, e passe a ser a algo que todos juntos somos: IGREJA.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

POR QUE DEUS PERMITE ESSAS TRAGÉDIAS??


Certamente, durante toda essa semana, essa foi a pergunta que mais passou pela cabeça de todos nós, não é mesmo?

Como um Deus tão amável, tão bondoso, tão poderoso e que se importa tanto conosco pode deixar acontecer algo tão terrível como esse que aconteceu lá em Santa Maria?
Como um Deus tão bom não interferiu nessa situação??
Afinal, houve pais que perderam 02 filhos nessa tragédia... que dor, gente... inimaginável... será que Deus não vê como vai ser difícil a vida dessas famílias daqui para frente???
Nos emocionamos muito essa semana vendo as histórias das famílias envolvidas nessa tragédia.

E a pergunta que fica é:

POR QUE DEUS PERMITE ESSAS TRAGÉDIAS??
NÃO PODERIA ELE, EM SUA SOBERANIA, TER EVITADO TODA ESSA DOR??

Sabe, amigos, eu acredito realmente que Deus não queria que isso tivesse acontecido. Aliás, certamente ELE não queria. Da mesma forma como não queria o 11 de setembro, o naufrágio do titanic, o tsunami, as enchentes, os desmoronamentos, as quedas de aviões, os acidentes de carro e tantas outras tragédias que afetam diretamente a vida do ser humano.

Afinal, foi ELE quem criou o ser humano para com ele se relacionar e ter uma vida de comunhão.
Como poderia então permitir essas tragédias e tantas mortes, tantas ausências, tantas interrupções????


No meu coração há uma resposta, que pode não ser consenso, mas é o que me convence: ELE (DEUS) não interfere nas decisões humanas. ELE pode até sugerir (para aqueles que dão a oportunidade) mas a decisão, quem toma, é o homem... Nós é quem decidimos...

O homem decide construir sua casa nos morros e em outros locais inapropriados, onde uma desmoronamento ou uma enchente pode colocar em risco a vida de seus familiares.
O homem decide não cuidar da natureza e jogar lixo em lugares que afetarão o curso natural das coisas.
O homem decide manter a intolerância religiosa e jogar um avião contra um prédio para matar pessoas.
O homem decide lucrar o mais que puder e burlar as leis, colocando em risco a vida de pessoas.
O homem decide isentar-se de suas responsabilidades, transferindo-as a terceiros.
O homem decide criar coisas que aprisionam e matam pessoas.
O homem decide ingerir bebida alcoólica e utilizar seu carro como arma para matar pessoas.
O homem decide, por motivos próprios, trocar o certo pelo errado.

Enfim, a lista é grande. Então não coloquemos a culpa nAQUELE que chora pela consequência das nossas decisões...

E POR QUE ENTÃO DEUS NÃO FAZ COM QUE A GENTE DECIDA POR COISAS BOAS E QUE NOS TRARÃO BENEFÍCIOS E NÃO TRAGÉDIAS????

Isso é o que ELE mais tenta fazer, mas eu e você, na maioria das vezes, em nossa razão, viramos as costas para Deus e achamos que podemos viver sem ELE...

Por isso, fica a dica, relacione-se com Deus de maneira que suas decisões tragam paz e tranquilidade a você e aos que vivem ao seu redor.

E Deus, certamente, confortará os corações partidos dessas famílias envolvidas: é a minha oração.

Ledinei Espindula

quarta-feira, 27 de junho de 2012

MARIONETE - será que sou uma???

Surgiu na França, em plena idade média, as chamadas marionetes, diminutivo de Marion, no português, Maria. Tem esse nome, óbvio, por causa da sua criadora.

Foi criada como uma forma de entretenimento para crianças e adultos.

É composta por três elementos estruturais: 

- o boneco ou figura animada, representando um ser humano, animal ou criatura antropomórfica; 
- os fios de comando, que comunicam ao boneco os gestos e ações pretendidas pelo animador; 
- o comando ou cruzeta, destinada à controlar os fios e os movimentos do boneco.

Trata-se de uma técnica comum em diferentes culturas, mas com uma grande complexidade formal, tanto na construção da figura como do seu sistema de manipulação (comando ou cruzeta). A funcionalidade da marioneta depende de uma compreensão adequada dos seus princípios mecânicos e estruturais. Trata-se de uma arte ancestral, que evoluiu a partir de pressupostos técnicos de base, incorporando permanentemente novas tecnologias e materiais ao longo da sua história.

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Bem, quem de nós já não foi o BONECO ou o ANIMADOR no teatro da vida????

Desde criança esses conceitos de manipulação começam a aflorar em nossas vidas. Alguns parece que tem o dom de MANIPULAR, outros, o de ser MANIPULADOS.

Percebemos nas brincadeiras entre crianças que sempre tem uma que manipula as outras para conseguir o que quer, seja a brincadeira escolhida ou o doce pretendido.

Alguns pais olham com orgulho o comportamento manipulador do filho e pensam: "meu filho é um líder nato...".

O fato é que, em nossa sociedade, acabamos por honrar este tipo de comportamento manipulador que é exercido sobre outras pessoas e damos a ele a importância de uma qualidade excepcional para quem deseja ser LÍDER.

No entanto, o grande problema da manipulação é que o manipulado é privado de seu poder de decisão, pois alguém decide por ele, alguém define a direção para ele.

Isso é ruim? Depende... Para o MANIPULADO isto é extremamente confortável, pois evita o trabalho de pensar e esquiva-se da responsabilidade de decidir. Se não der certo, a culpa é transferida para o MANIPULADOR.

Por isso sempre vão existir os MANIPULÁVEIS. E os MANIPULADORES, sabendo disso, utilizam sua estratégia de manipulação para benefício próprio.

Nas grandes empresas, repartições, escolas, setor privado e instituições de qualquer natureza podemos perceber nitidamente a presença destes 02 personagens: o MANIPULADOR e o MANIPULADO. 

Infelizmente temos visto isto dentro da igreja, aqui falo de instituição religiosa. A grande maioria dos líderes utilizam esta estratégia no relacionamento com seus liderados e, na maioria das vezes, para conseguir o que querem. 

É culpa somente dos líderes?? Não. Os liderados são tão culpados quanto os líderes que exercem a manipulação, pois permitem este tipo de relacionamento.

É a questão do comodismo, do conforto, da tranquilidade, da transferência de responsabilidade. "Ao invés de tomar a decisão, vou ao meu líder que ele me ajudará...". Então, o líder, ao invés de fazer o indivíduo pensar e deixar que ele tome a decisão embasado na Palavra de Deus, acaba interferindo e decidindo (manipulando) pelo seu liderado.

Vez por outra algum pastor (líder) diz: "este(a) é o homem (mulher) de Deus para vc...", "abra esse negócio...", "compre isso...", "largue tudo...", "faça isso, faça aquilo...".

O MANIPULADO então pensa: "já que é o pastor que está falando e sei que o ele ora bastante e tem comunhão com Deus, então vou fazer...".

Se não der certo, o MANIPULADO facilmente transfere a culpa para o pastor e o MANIPULADOR, por sua vez, acusa o MANIPULADO de ter feito alguma coisa errada.

E o ciclo continua...

Por este motivo é que existem milhares de pessoas FERIDAS EM NOME DE DEUS. Pessoas que abriram seus corações para seus líderes e estes interferiram na vida particular de seus liderados e pior, utilizaram o nome de Deus para esta estratégia manipuladora.

Portanto, vamos ser razoáveis. Deixemos de ser seguidores de líderes e sigamos a Jesus. Deixemos de ouvir as ´sábias palavras´ de alguns líderes dominadores e ouçamos a PALAVRA DE DEUS que é a verdade e nEla não há engano.

Paremos de correr atrás de profetas e de ´homens e mulheres de Deus´ como auto se intitulam.

Corramos atrás de Deus. Corramos atrás da Palavra do Senhor.

Enfim, o conselho é: Fuja da falsa religião, afaste-se dos maus líderes. Viva o evangelho e a Graça do Senhor. Conheça a Palavra e pratique-a.

Ledinei Espindula

sexta-feira, 22 de junho de 2012

COBERTURA ESPIRITUAL - Mito ou Verdade????


ouviram falar da historinha de que a cobertura espiritual é semelhante à um guarda-chuvas? Na verdade é mais uma analogia para ilustrar a "doutrina da cobertura espiritual" QUE INVENTARAM NA IGREJA MODERNA.

VEJA ABAIXO O QUE UM CONHECIDO BISPO DE UMA IGREJA NEO-PENTECOSTAL COLOCOU A RESPEITO DO ASSUNTO:
 
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"Quando você estuda a Bíblia percebe, entre outras coisas, a importância da cobertura espiritual sobre nossas vidas. Cobertura esta manifestada através da Igreja e de suas autoridades delegadas.
A cobertura espiritual é o condutor do que a Igreja pode nos oferecer. Como a Igreja é o Corpo do nosso Senhor Jesus, tudo o que o Senhor Jesus pode fazer em nós e através de nós acontece quando estamos sujeitos à cobertura espiritual.
Um famoso escritor cristão chinês comparava a autoridade espiritual como um guarda chuva. O guarda chuva nos protege de sermos molhados bem como a cobertura espiritual impede-nos de sermos contaminados pelo mundo.
Foi Deus que instituiu a cobertura espiritual em nossas vidas, e segundo o Apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos, ela foi constituída para o nosso bem. Ela é importante para nossa vida, pois demarca limites em nossas vidas.
Uma árvore para crescer bem, bonita e na direção correta deve ser podada sempre. Um cristão para crescer segundo a vontade de Deus, na direção correta, necessita de uma pessoa para “podá-lo” quando necessário.
Estabelecer limites em nossas vidas é muito importante. Um pai cria bem seus filhos através de limites estabelecidos que moldem o caráter da criança. Quando cresce, será uma pessoa com caráter bem formado.
O nosso Deus é um pai bondoso e atencioso. Como bom Pai que é Ele estabelece limites para crescermos saudáveis e através da autoridade espiritual por Ele constituído é que somos edificados para este crescimento.
Reconheça a cobertura espiritual de Deus para a sua vida. A cobertura da Igreja, pois com ela você poderá declarar que “nenhuma arma forjada contra você prosperará”, pois este é seu direito como membro coberto da Igreja de Jesus."

Autor: Bispo Fábio Sousa

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Bom, vamos lá...

A primeira coisa que devemos analisar: É Bíblico o ensino da cobertura espiritual? 

Frank Viola, em seu livro "Quem é tua cobertura?" coloca uma análise profunda sobre este tema, ele coloca de maneira exegeticamente correta uma refutação a respeito, veja abaixo:

"É surpreendente que a palavra “cobertura” apareça apenas uma vez em todo o NT. É usada referindo-se à cabeça coberta da mulher (1 Cor. 11:15). Ao passo que o Antigo Testamento (AT) utiliza pouco este termo, sempre o emprega referindo-se a uma peça do vestuário natural. Nunca é utilizado de maneira espiritual ligando-o a autoridade e submissão.
Portanto, a primeira coisa que podemos dizer acerca da “cobertura” é que há escassa evidencia Bíblica para construir-se uma doutrina. Não obstante, incontáveis cristãos repetem como papagaios à pergunta “quem-é-tua-cobertura?” e insistem nela como se fosse a prova do ácido que mede a autenticidade de uma igreja ou ministério.
Se a Bíblia silencia com respeito à idéia da “cobertura” o que é que se pretende dizer com a pergunta, “Quem é tua cobertura”? A maioria (se insistíssemos) formularia esta mesma pergunta em outras palavras: “A quem você presta contas?”.
Mas isso suscita outro ponto difícil. A Bíblia nunca remete a prestação de contas a seres humanos, mas exclusivamente a Deus! (Mat. 12:36; 18:23; Luc. 16:2; Rom. 3:19; 14:12; 1 Cor. 4:5; Heb. 4:13; 13:17; 1 Ped. 4:5).
Por conseguinte, a sadia resposta Bíblica à pergunta “a quem prestas contas?” É bem simples: “presto contas à mesma pessoa que você, a Deus”. Assim, pois, é estranho que tal resposta provoque tantos mal entendidos e falsas acusações.
Deste modo, embora o tom e o timbre do “prestar contas” difira apenas da “cobertura”, a cantilena é essencialmente a mesma, e sem dúvida não harmoniza com o inconfundível canto da Escritura. 
Trazendo à Luz a Verdadeira Pergunta que se Esconde Atrás da Cobertura Ampliemos um pouco mais a pergunta. Que é que se pretende realmente dizer na pergunta acerca da “cobertura”? Permito-me destacar que a verdadeira pergunta é, “Quem te controla?”. 
O (maléfico) ensino comum acerca da “cobertura” realmente se reduz a questões acerca de quem controla quem. De fato, a moderna igreja institucional está construída sobre este controle.
Consequentemente, a gente raras vezes reconhece que é isto que está na base da questão, pois se supõe que este ensino esteja bem ancorado nas Escrituras. São muitos os cristãos que crêem que a “cobertura” é apenas um mecanismo protetor.
Assim, pois, se examinarmos o ensino da “cobertura”, descobriremos que está baseado em um estilo de liderança do tipo cadeia de comando hierárquico. Neste estilo de liderança, os que estão em posições eclesiásticas mais altas exercem um domínio tenaz sobre os que estão debaixo deles. É absurdo que por meio deste controle de direção hierárquica de cima para baixo se afirme que os crentes estejam protegidos do erro.
O conceito é mais ou menos o seguinte: todos devem responder a alguém que está em uma posição eclesiástica mais elevada. Na grande variedade das igrejas evangélicas de pós guerra, isto se traduz em: os “leigos” devem prestar contas ao pastor. Que por sua vez deve prestar contas a uma pessoa que tem mais autoridade.
O pastor, tipicamente, presta contas à sede denominacional, a outra igreja (muitas vezes chamada de “igreja mãe”), ou a um obreiro cristão influente a quem considera ter um posto mais elevado na pirâmide eclesiástica.
De modo que o “leigo” está “coberto” pelo pastor, e este, por sua vez, está “coberto” pela denominação, a igreja mãe, ou o obreiro cristão. Na medida que cada um presta contas a uma autoridade eclesiástica mais elevada, cada um está protegido (“coberto”) por essa autoridade. Esta é a idéia.
Este padrão de “cobertura-responsabilidade em prestar contas” se estende a todas as relações espirituais da igreja. E cada relação é modelada artificialmente para que encaixe neste padrão. É vedada qualquer relação fora disto – especialmente dos “leigos” com respeito aos “líderes”.
Mas esta maneira de pensar gera as seguintes perguntas: Quem cobre a igreja mãe? Quem cobre a sede denominacional? Quem cobre o obreiro cristão? 
Alguns oferecem a fácil resposta de que Deus é quem cobre estas autoridades “mais elevadas”.
Mas esta resposta enlatada demanda outra questão: O que impede que Deus seja diretamente a “cobertura” dos “leigos”, ou mesmo do pastor?
Sem dúvida, o problema real com o modelo “Deus-denominação-clero-leigos” vai bem além da lógica incoerente e danosa a que esta conduz. O problema maior é que este modelo viola o espírito do Novo Testamento, porque por trás da retórica piedosa de “prover da responsabilidade de prestar contas” e de “ter uma cobertura”, surge ameaçador um sistema de governo que carece de sustento bíblico e que é impulsionado por um espírito de controle."

O ensino do "guarda-chuvas" referindo-se à cobertura espiritual se encaixa exatamente neste sentido que Frank Viola explicou acima, seria uma espécie de "proteção espiritual" de líderes para com seus "controlados" membros da igreja. Quem estiver debaixo da cobertura, estará protegido de ataques do maligno, de doenças, de crises financeiras, etc., como um guarda-chuvas protege da chuva.

O Bispo erra em afirmar que o crente tem que estar debaixo de uma cobertura para se proteger, pois com isso ele nega a responsabilidade individual de cada um perante seus atos (Rm 14:12), e o pior, condiciona um poder de proteção espiritual para eles mesmos que só Jesus pode nos dar. O Bispo afirma que "o agir de Jesus" no crente está condicionado ao mesmo estar debaixo da cobertura deles. Um absurdo! Onde está isso na Bíblia?

Se alguém pecar, não vai ser uma "cobertura" que vai livrar esta pessoa das consequências de seu pecado. E também não vai ser uma "cobertura eclesiástica" que vai livrar o Cristão da "contaminação do mundo". A santificação do Cristão agora depende de cobertura espiritual?

Este ensino escraviza e acomoda o Cristão à uma falsa proteção de líderes que, na verdade estão interessados em somente controlar e manipular os membros de suas mega-congregações. É Deus quem nos guarda e protege e não um líder eclesiástico com sua falsa doutrina de "cobertura de controle".

O referido Bispo erra também na afirmação de que nas igrejas existem "autoridades delegadas" que seriam os líderes eclesiásticos. O mesmo cita Romanos 13 para averbar que o Cristão deve se submeter as "autoridades delegadas por Deus".

Claro que temos obrigação de nos submeter as autoridades conforme esta passagem nos mostra, porém estas autoridades citadas em Romanos de maneira alguma são os líderes eclesiásticos! Na verdade o contexto da passagem não dá margem para tal afirmação.

Romanos 13, pelo contexto, é direcionado especificamente as “autoridades governamentais”. Não há evidência nem margem exegética nenhuma para afirmar que “também” é direcionada a “autoridade eclesiástica”. Quem afirmar o contrário estará torcendo o texto sem respeitar o contexto, desrespeitando assim as regras de exegese e hermenêutica!

Para se ter uma idéia desta tamanha distorção, Jesus foi bem categórico quando falou sobre este mesmo assunto:

"Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Mt 20:25-28 (Grifo meu).

Nesta passagem a Bíblia nos narra quando a mulher de Zebedeu, mãe de Tiago e João veio até Jesus com seus filhos para pedir-lhe que colocasse em seu reino os mesmos em posição de honra e autoridade ao lado direito e esquerdo de Jesus.(vs 21). Porém Jesus foi categórico com eles, como podemos constatar nos versos seguintes.

Será que Paulo em Romanos estaria se contradizendo com JESUS sobre o tema? Com certeza não, quem se contradiz são aqueles que afirmam que Rm 13 é direcionado também para a autoridade eclesiástica.

Não existe base bíblica neo-testamentária para que um crente tenha autoridade espiritual sobre outro crente. Isso é invenção de líderes dominadores que querem manipular e controlar o rebanho da Igreja de Cristo.

A única autoridade espiritual que existe na igreja perante os crentes é JESUS. A Bíblia diz em Mt 28:18 “Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra”. (grifo meu)

Portanto, que fique este alerta contra esses líderes dominadores que, na verdade visam somente o controle absoluto de seus membros para interesses próprios. Você que é membro desta denominação tome cuidado. Analise tudo o que é ensinado em sua Bíblia, sem medo, seja nobre igualmente como os Bereianos de Atos 17:11 foram. Saiba que, fazer isso não é pecado de rebeldia, conforme muitos dizem por aí, pelo contrário, é bíblico e correto (1 Ts 5:21, 2 Tm 4:2-5).

Ruy Marinho - Blog Bereianos.
Soli Deo Gloria!

Postado por Ledinei Espindula

quarta-feira, 20 de junho de 2012

IMPORTAR-SE COM PESSOAS (Ensinamento de Jesus)



11 E aconteceu que, no dia seguinte, ele foi à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos, e uma grande multidão;
12 E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade.
13 E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores.
14 E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se, e começou a falar.
15 E entregou-o a sua mãe. (Lucas 7:11-15)

Este é um texto bastante utilizado em pregações nas igrejas evangélicas. E sempre que ouvimos uma explanação sobre o tema, observamos a ênfase colocada na vitória e no milagre da ressurreição. 

Na verdade é um texto bastante forte à apelação teológica na qual facilmente leva-se a platéia ao delírio quando enfatiza-se o poder sobrenatural do Senhor para realizar aquilo que necessitamos e aparentemente é impossível acontecer. 

A teologia moderna tem feito muito isso: utiliza textos do evangelho para incentivar o "público evangélico" (fiéis dizimistas e ofertantes na Casa do Tesouro) a buscar aquilo que, segundo ela, é seu por direito.

Ai surgem jargões neo-pentecostais como: "declare", "exija", "tome posse", "traga a existência", "profetize"... e por aí vai... que são ensinados como fórmulas para conquistar vitórias.

Ou então, quantas vezes ouvimos afirmações e perguntas feitas pelo pregador deste texto como: 

- "...em qual multidão você se encontra? naquela que anda com Jesus ou naquela que chora suas perdas???", "...naquela dos esperançados, ou nas dos sem esperanças...??" 

- "...ELE, Jesus, vai ao seu encontro para resolver seus problemas..."

- "...ELE fará o impossível por você..."

Realmente não são mentiras, mas a forma como é colocado nos passa uma falsa impressão que Jesus existe apenas para solucionar nossos dilemas e consertar nossa vida. É como se, estando com ELE, temos um amuleto que nos ajudará a seguir adiante. Isso, é claro, desde que se faça tudo o que a religião manda...

Mas interessante mesmo é notar que o texto é simples, assim como todo o evangelho o é. Acompanhe.

Jesus vinha de Cafarnaum, onde havia presenciado, segundo Ele, uma fé nunca vista. Era o encontro dELE com o servo de um centurião romano que impressionou Jesus com sua fé.

Depois Jesus dirige-se a Naim e quando está entrando na cidade juntamente com uma multidão que O acompanha, depara-SE com uma cena que O enche de compaixão: uma viúva trazendo seu único filho a sepultura.

Jesus entende que a viúva está enterrando juntamente com o corpo do seu filho todo o restante de esperança que lhe sobrara. A esta mulher pouco restara. Sem marido e sem filho, que por ela intercedesse, seria desprezada pela sociedade.

Então Jesus fez o que veio ensinar: COMPADECE-SE e RELACIONA-SE.

Sim, ELE vê a mulher (COMPADECE-SE), chega até ela (RELACIONA-SE) e diz: "não chores". É como se ELE falasse: "entendo tua dor, entendo teu dilema, sei como serás tratada pelas pessoas daqui para frente e movi-ME de compaixão por ti". 

Ao devolver o filho aquela mãe ELE devolve também sua dignidade e sua esperança.

Com esta atitude, Jesus está nos ensinando a olhar ao redor, observar os que estão próximos, identificar suas necessidades, compadecer-se de suas misérias e estender a mão para amar e ajudar o próximo.

Isso mesmo. Foi algo sobrenatural o que ELE fez? Ressuscitar um garoto? Sem dúvida alguma...

Mas o mais importante no texto é o ensinamento claro que devemos nos IMPORTAR com pessoas, devemos nos COMPADECER de pessoas, devemos ser ÚTEIS a pessoas.

Assim é o evangelho. AMOR, RELACIONAMENTO e COMPAIXÃO.

Como eu e você temos agido diante das necessidades dos que nos rodeiam?

- alguém choroso por uma perda;
- alguém triste por uma desilusão;
- alguém desmotivado;
- alguém necessitando de um abraço;
- alguém precisando de esperança;
- alguém precisando de ajuda financeira;
- alguém carente de uma palavra de orientação...
- alguém... alguém... alguém...

No entanto, nos sentimos confortáveis em apenas cumprir a religião, levando nossos dízimos e ofertas a Casa do Senhor, obedecendo as palavras de nossos pastores, trabalhando com afinco nos ministérios da igreja como se tudo isso aquietasse nossa alma no sentido de 'dever cumprido'...

...e esquecemos o principal que foi ensinado por JESUS: IMPORTAR-SE COM PESSOAS; AMAR PESSOAS, VIVER O EVANGELHO.

E aí??? Como você tem agido???

Enquanto é tempo FUJA DA RELIGIÃO e VIVA O EVANGELHO (que é simples...)

Ledinei Espindula

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Serei eu apenas mais um da fila?????

É impressionante como temos facilidade de ser guiados por outras pessoas.
Mas por que será?
Talvez porque isso facilita nossas vidas?
E será isso bom ou ruim???

Bem, o fato é que ao entrar em algum grupo, seja ele qual for, toda pessoa identifica, rapidamente o líder, o guia. E normalmente esta pessoa acaba seguindo suas orientações e imitando suas ações. Isso pode ser muito preocupante, pois nem todos tem a capacidade de avaliar o que é bom ou ruim quando ouve as orientações do líder do grupo
.
Trazendo isso para dentro das igrejas evangélicas que começamos a presenciar alguns problemas de "ordem natural" e não "de ordem espiritual" como alguns acreditam ser.

Pessoas lideradas seguem exatamente a fala de seu líder, acreditando e obedecendo fielmente suas ordens sem avaliar se são ética ou biblicamente corretas.

Vivendo numa época em que líderes/pastores/bispos/apóstolos estão dominados pela cobiça e pelo poder, nem todos é claro, fica muito difícil andar na fila com os outros do grupo.

E você?? Tem andado na fila sem questionar para onde está indo??

O Evangelho não ensina a dependência do líder/pastor/bispo/apóstolo/profeta/patriarca. Pelo contrário, o evangelho nos aponta que devemos depender de Deus, exclusivamente.

O líder/pastor pode pastorear e ajudar as ovelhas a encontrarem o caminho, mas NUNCA, JAMAIS poderá definir o trajeto ou manipular as decisões pessoais de seus liderados.

No entanto, na cultura evangélica atual é muito mais simples e cômodo depender do pastor/líder e seguir suas lindas palavras do que ponderar e tomar suas próprias decisões. Até porque em algumas entidades religiosas (igrejas) é proibido ou é pecado pensar.

Pensar pode levar a problemas técnicos para o bom andamento da comunidade local.

Concluindo, não é proibido e nem ruim andar na fila juntamente com os demais. Algumas pessoas necessitam, realmente, disto. A comunhão é bom.

O que deve se ponderar é:
Aonde esta fila está me levando?
Tenho eu sido manipulado pelo puxador da fila?
Sou eu apenas mais um da fila?
Será que devo permanecer nesta fila?

Pense nisso...

E enquanto é tempo: FUJA DA RELIGIÃO e VIVA O EVANGELHO...

Ledinei Espindula

terça-feira, 13 de março de 2012

É PECADO JULGAR??????

Existe um discurso politicamente correto que flui honrosamente da boca daqueles que geralmente odeiam a confrontação: "Vou à igreja, assisto o 'meu' culto, volto pra casa e não falo mal da vida de ninguém. Acho que se cada um cuidasse de sua própria vida e deixasse esse negócio de criticar o que é dito na igreja, nós teríamos uma igreja bem melhor."

Gente assim, dificilmente tem um senso crítico a respeito de sua fé. Não sabe por que crê. Não sabe no que crê. Contenta-se com uma fé cega, surda e muda. Afinal, dizem os tais, “ai daquele que tocar nos ungidos do Senhor”. Esquecem-se, porém, que, diferente do Antigo Testamento, todos fomos ungidos na Nova Aliança: "Mas vocês têm uma unção que procede do Santo, e todos vocês têm conhecimento (...). Quanto a vocês, a unção que receberam dele permanece em vocês (...)" - 1 João 2:20,27

Estamos testemunhando um tempo histórico, onde os crentes seguem à risca tudo aquilo que lhes é dito a partir de um púlpito, sem titubear (claro, desde que isso não conflite com todas as bênçãos que Ele tem guardado em sua cartola mágica).

Não sei o que é pior, vender aos crentes a bênção em forma de amuletos dos mais esdrúxulos ou comprá-la!

Será que ainda existem crentes que não entenderam que o que Jesus condenou foi o julgamento hipócrita, e não o julgar em si (Mateus 7:1-6)? Será que nunca estaremos prontos para tirar o cisco do olho de nosso irmão? Será que Jesus não foi o suficientemente claro ao dizer que depois de tirarmos a viga de nossos olhos estaríamos aptos para exercer o julgamento?

Ouso propor uma resposta: "O descaso do povo para com a Palavra continuará sustentando muitas mentiras, heresias e agressões à alma."

Ah... Que falta fazem os bereanos! O livro de Atos não poupa elogios quando diz que eles "eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo." (Atos 17:11).

Jesus disse: "Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos!" (João 7:24). Disse também: "Por que vocês não julgam por si mesmos o que é justo?" (Lucas 12:57). O Apóstolo Paulo também não deixou margem para dúvidas quando disse: "Estou falando a pessoas sensatas; julguem vocês mesmos o que estou dizendo." (1 Coríntios 10:15).

Há ainda aqueles mais pacificadores que, mansamente, nos lembram: "...ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom!" (1 Tessalonicenses 5:21). O problema nesse caso é, como diria meu professor Franco Júnior : "O que é bom?".

Afinal, como já disse aqui, o ruim não é receber e-mails criticando meus posicionamentos, o ruim é receber respostas baseadas na “achologia”. E convenhamos: esse é o parâmetro utilizado pela maioria dos crentes hoje em dia. Não! Mil vezes não! A Bíblia é o nosso referencial.

E mais: não me importa quantos milhões de CDs vendeu o camarada que inventou a fábula de um Zaqueu que consegue chamar a atenção de Jesus - a Bíblia não diz isso. Não me importa o brilho reluzente do troféu da moça que quer te colocar no palco e humilhar os seus irmãos, a Bíblia não diz que será assim. Também pouco me importa se hoje é 9/9/2009 ou 10/10/2010, a sua bênção não custa R$ 900,00, nem custará R$ 10.000,00 no ano que vem, a Bíblia não respalda isso.

Por fim, não me importa quem "profetizou", nenhuma arca vai proteger a minha casa, mesmo com anjinho e tudo. A Bíblia diz que "...se não é o Senhor que vigia a cidade, será inútil a sentinela montar guarda." (Salmos 127:1)

Que Deus levante mais bereanos. Gente que duvida, que critica, que denuncia. Gente que pinta a cara, mas não é palhaço! Homens e mulheres que não tenham medo da verdade, custe o que custar. Só assim a igreja brasileira voltará ao caminho da verdade, afinal, para esse, não há atalhos.

Deus nos guarde dos lobos!

L. Rogério - Autor do livro “Adoração para Anônimos” (Editora Reflexão)

Extraído do site

Ledinei Espindula